Na Terra: Atlan chega ao Sistema Solar com a Rico e pousa perto de Terrânia. A maior parte da cidade ainda está em ruínas. Cerca de 20 milhões de habitantes foram expulsos e apenas cerca de 3 milhões deles tinham voltado até então. A reconstrução dos bairros devastados ainda está em andamento. Algumas consequências foram tiradas das lições tomadas com o ataque dos dscherros. Assim, por exemplo, o quartel-general da Liga Hanseática e a Torre do SLT não serão mais erguidos na Terra, mas sim na Lua. Atlan também fica sabendo de algumas novidades das circunstâncias políticas. O governo da LTL encontra-se sob forte pressão política do Partido Liberal, liderado por Solder Brant.

Brant, ele próprio um ex-refém dos dscherros, acusa a LTL de falha e ganha cada vez mais o apoio da população. Brant percebe sabiamente o clima entre o povo para tirar vantagem para seus objetivos políticos. Atlan e Cistolo Khan veem com apreensão esses acontecimentos. Cistolo convida Camelot a acabar com seu jogo de esconder e passar a intervir nos eventos, ao que Atlan responde com um sonoro “não”. Possivelmente percebendo o desapontamento de Cistolo, Atlan repassa ao Comissário da LTL imagens do planeta de cristal dos arcônidas. As imagens, que mostram o Imperador Bostrich, trazem indicações de um grande projeto dos arcônidas, que deverá ter uma influência sobre todos os outros povos da Via Láctea. Até então, apenas o nome do projeto é conhecido: Mirkandol. Atlan garante a Cistolo que Camelot já está trabalhando no assunto e que deveriam ter mais informações em pouco tempo.

No planeta de cristal Árcon I: Trondar, um comerciante arcônida extremamente supersticioso, é convocado por Sargor de Progeron. Trondar ocasionalmente fornece ao chefe do serviço secreto informações que ele coleta em suas extensas viagens pela Via Láctea, e oferece a Sargor uma joia rara que ele tinha comprado a mando do chefe do serviço secreto.

Trondar relata a Sargor de Progeron as suas dificuldades momentâneas para entregar uma estátua rara que ele tinha encomendado a pedido do escritório de arquitetura de Lengor. Sargor de Progeron finge não saber por que o escritório está fechado no momento. Trondar fica desconfiado com as palavras do chefe do serviço secreto e começa a refletir sobre o destino de Legor.

Trondar suspeita de que Legor tenha sido levado pelo serviço secreto, porém não consegue imaginar por que um arcônida leal ao sistema como Legor teria caído em desgraça. De volta à sua nave, Trondar reavalia a situação. Ele tinha ouvido a respeito de um misterioso projeto, com o qual Lengor supostamente estava envolvido. A localização do projeto é o deserto de Khoukar, uma região ao norte do equador de Árcon I que está fechada para todos os arcônidas e naves em voo. Trondar decide investigar a questão e designa seu agente de confiança Gelarim para examinar o caso de perto. Sob a desculpa de uma visita ao museu na beira do deserto, Gelarim parte acompanhado por dois homens de sua equipe, para sondar o segredo do deserto.

Os três arcônidas logo descobrem um gigantesco escudo defletor, sob o qual seu objetivo parece estar escondido. Quando os três avançam através do escudo defletor, os dois homens de Gelarim são mortos pelas instalações de segurança e o comerciante vê-se obrigado a recuar. Numa caverna, ele passa despercebido pelas tropas de vigilância que logo surgem e consegue voltar para bordo de sua nave comercial. Trondar fica chocado com o acontecimento inesperado. Ele já tinha descoberto que mais outras pessoas que estavam ocupadas com o enigmático projeto haviam desaparecido em circunstâncias misteriosas. De acordo com rumores, elas tinham sido levadas pelo serviço secreto para o planeta penal Trankun...

Na Rico, em órbita da Terra: Atlan é informado por Gelarim sobre os acontecimentos recentes em Árcon I através de uma transmissão codificada. Gelarim, um agente da IPRASA, sugere encontrar-se pessoalmente com Atlan no planeta Lokvorth do sistema Scarfaaru. Gelarim acredita que pode esclarecer o segredo em torno do projeto Mirkandol. Atlan decide aceitar a proposta. O arcônida descobre enquanto isso que Solder Brant também encontra-se em Lokvorth no momento para fazer contatos políticos. Quando Atlan pousa em Lokvorth, ele encontra-se com um arcônida que não é Gelarim, mas sim Trondar. Trondar informa a Atlan que o projeto Mirkandol tratava-se provavelmente da maior construção jamais empreendida pelos arcônidas. A área enigmática no deserto de Khoukar está bloqueada por um gigantesco exército de robôs e só poderia ser ocupada através de uma ação militar massiva. Atlan descobre que quase todos os empregados importantes do projeto tinham sumido e, com alta probabilidade, enviados ao planeta penal Trankun. Quando Solder Brant ataca Atlan e Camelot publicamente, o arcônida não se deixa levar a proferir afirmações impensadas. A pretensão de Brant de extrair ganhos políticos com um encontro com Atlan não se concretiza. Quando Atlan e Hermon de Ariga deixam Lokvorth, a Rico toma o curso de Trankun.

Em Árcon I: Não se passam muitos minutos e Sargor de Progeron fica a par dos eventos em Lokvorth, graças a reportagens espalhadas para toda a Galáxia. Sargor fica sabendo ainda que os dois arcônidas mortos no deserto de Khoukar pertenciam ao pessoal de Trondar e da IPRASA. Porém, Sargor de Progeron não suspeita diretamente de Trondar, já que ele sabe que os agentes de Atlan sempre agem usando os melhores disfarces possíveis. Ele assume por isso que Trondar não devia saber nada a respeito das atividades de espionagem dos membros de seu pessoal.

No planeta penal Trankun: Lengor é obrigado a encarar as circunstâncias desfavoráveis de Trankun. A morte ronda o arquiteto quase todo dia. Trankun é um mundo de metano, no qual os prisioneiros só conseguem sobreviver graças aos seus trajes protetores. Todo o desejo de sobrevivência de Lengor agarra-se à intenção de um dia pagar na mesma moeda ao Imperador arcônida e Sargor de Progeron. Lengor descobre que quase todos os antigos especialistas que trabalhavam no projeto Mirkandol estavam sendo submetidos a uma degradante lavagem cerebral. Lengor teme que ele também esteja na fila. Além disso, Lengor ainda tem que lutar contra as perseguições dos guardas, que por diversas vezes colocam-no em grande perigo. Quando a Rico atinge o sistema do planeta penal, Atlan consegue burlar as instalações de vigilância planetárias e enviar um spacejet, que acaba penetrando na atmosfera do planeta de metano. Ao mesmo tempo, Lengor é preparado para o apagamento de sua memória. Em Árcon I, a penetração forçada do spacejet é relatada e Sargor de Progeron despacha uma frota com a missão de destruir o spacejet e expulsar a Rico do sistema. Hermon de Ariga consegue libertar Lengor e levá-lo para o spacejet. Os dois arcônidas deixam o planeta e voltam para a Rico. Lengor está em segurança agora.

Após o retorno ao Sistema Solar e a colocação de Lengor sob cuidados médicos, Atlan e Hermon de Ariga interrogam o ex-prisioneiro a respeito de Mirkandol. Lengor porém não consegue dar maiores informações. Sua memória já tinha sido apagada em Trankun. Atlan decide empregar uma outra estratégia. Ele usa Solder Brant para tornar “público” o projeto Mirkandol. O político exige dos arcônidas que descerrem o seu mistério. Transmitida para todos os pontos da galáxia, a voz de Brant também é ouvida em Árcon I. Como resposta, o Imperador Bostich revela o segredo. Mirkandol é uma gigantesca cidade-palácio, preparada com todas as condições de vida imagináveis, que deverá ser utilizada como a futura central dos povos galáticos. A notícia cai como uma bomba e Atlan começa a suspeitar de que por trás do projeto haja mais do que apenas um local de encontro pacífico.

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